domingo, 30 de agosto de 2020

Lançamento: Cartilha Posvenção - Vita Alere

Tem novidade no site do Vita Alere!
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A equipe do Instituto desenvolveu um material especial para compartilhar informações e orientações, disseminar conhecimento, possibilitar reflexões e oferecer cuidado e acolhimento a quem passa por um luto por suicídio.
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A Cartilha de Posvenção - Cuidado ao Luto por Suicídio traz definições importantes sobre o que é a posvenção e a sua importância, além de abordar processo e os tipos de luto por suicídio, instruções para quem quer ajudar, o que fazer, como fazer, como tratar deste tema com crianças e adolescentes, como quem divulga informações desta natureza pode realizar um trabalho seguro e correto e muito mais!
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Este material é indicado a enlutados por suicídio,profissionais que trabalham com estas pessoas e para quem está à frente de canais de mídia e precisa de mais informações sobre as práticas corretas para tipo de abordagem.
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A cartilha é mais um movimento no sentido de afirmar e reafirmar que ninguém está sozinho!
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Para baixar a cartilha, acesse o site www.vitaalere.com.br (na área Materiais Online / Cartilhas e Manuais) e compartilhe esse post com todo mundo que possa se interessar!
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domingo, 23 de agosto de 2020

Como ajudar alguém que sofre de ideações suicidas? Por Tiago Zortea

"[Alerta: este texto possui conteúdo sobre temas perturbadores. Caso você não se sinta emocionalmente bem para lê-lo, recomendamos que o faça quando se sentir melhor].

A expressão “precisamos falar sobre suicídio” tem se propagado pelas mídias sociais, contribuindo para que o tema saia do status de “tabu” e entre na lista das questões sociais que precisam ser tratadas com seriedade. Há implicações decorrentes do falar sobre suicídio, no entanto. Surgem dúvidas sobre o que falar, o que não falar, e – principalmente – como abordar o tema quando alguém próximo sofre de ideações suicidas. Algumas direções sobre o que é apropriado e inapropriado em mídias sociais podem ser conferidas no texto “Suicídio, Mídia, e Epidemia”. No presente texto, introduziremos alguns princípios básicos de como iniciar e conduzir uma conversa difícil sobre ideações suicidas. Para isso, precisamos entender um pouco sobre o comportamento suicida a fim de identificar possíveis sinais que nos permitam iniciar a conversa.

Ideações suicidas: o que perceber?
Popularmente associam-se ideações suicidas à depressão. De fato há uma associação forte entre esses dois fatores. No entanto, não há concordância entre os pesquisadores sobre o quanto a depressão explica a emergência de ideações suicidas, uma vez que a depressão é também efeito de outras variáveis. Há também casos de ideações e tentativas de suicídio com os quais a depressão não está associada [1]. De todo modo, notamos uma alteração no humor da pessoa, e o porquê desta alteração está geralmente associada às circunstâncias de sua vida. Diversos estudos têm mostrado que a formação de ideações suicidas está relacionada ao surgimento de pensamentos e sentimentos de fracasso na vida, derrota (e.g., a pessoa lutou o máximo que pôde e não obteve sucesso no que almejava), desesperança (e.g., não consegue visualizar boas perspectivas de futuro em nenhum aspecto – resultado do fracasso), e aprisionamento (e.g., sente que não há mais saída nem solução para o contexto vivido) [2].

Esses sentimentos e pensamentos poderão ser identificados através de frases (ou variações de tais frases) como:

“Eu não consigo mais ver sentido nenhum na minha vida”
“Não vejo mais nenhuma saída para mim”
“Eu quero sumir desse mundo”
“Se eu pudesse, eu dormiria para nunca mais acordar”
“A minha vida não tem mais jeito”
“Eu não deveria ter nascido”

Em geral, a expressão verbal da visão negativa não se restringe a um problema particular, mas é generalizada para todas as dimensões da vida da pessoa que sofre de ideações suicidas. Um exemplo seria uma pessoa que tem dificuldades para encontrar relacionamentos e está à procura de uma relação estável há muitos anos, mas não obtém sucesso em encontrar. Por mais que sua vida profissional seja de imenso sucesso, haverá uma tendência de a pessoa generalizar o problema para todas as outras áreas da vida, ainda que tal expressão verbal não coincida com o que de fato acontece. Isso se dá devido ao processo psicológico de aprisionamento, cuja percepção (discriminação) torna-se extremamente restrita como efeito das inúmeras experiências de derrota, inflexibilidade psicológica e pobre repertório comportamental de enfrentamento. O sofrimento é intenso e terrível. A pessoa precisa ser ajudada.

Como iniciar uma conversa?
Antes de iniciar uma conversa, é necessário estar ciente de posturas fundamentais que serão base de qualquer interação com quem sofre: respeito, empatia, conexão, compartilhamento e disponibilidade. Caso estas posturas estejam ausentes, o efeito da conversa poderá ser oposto e, ao invés de ajudar, é bem possível que o resultado será a intensificação do sofrimento e aumento do risco de suicídio.

Se alguém pedir para conversar, a interação se iniciará de modo mais fácil. No entanto, se você está preocupado com a saúde mental de alguém, então você terá de abordar a pessoa para iniciar a conversa. Perguntas que iniciam a interação envolvem, por exemplo:

“Olá, como você está?”
“Como estão as coisas contigo?”
“O que você tem feito ultimamente?”
“Eu tenho notado que você não tem se sentido bem recentemente, e eu queria saber se você gostaria de conversar sobre isso”.

Se disser que não quer conversar, que está tudo bem, ou outra resposta que interrompa ou modifique a direção da abordagem, é importante dizer que está tudo bem e, de certa forma, deixar “a porta aberta” para futuras conversas. Caso a pessoa responda positivamente, a conversa então evoluirá para tópicos mais sensíveis e alguns pontos importantes devem ser destacados:

Tente encontrar um lugar mais quieto e reservado para conversar.
Sendo amigo, parente ou conhecido, sua função é ouvir ativamente.
Evite falar sobre você. Reserve outro momento para compartilhar suas questões.
Não tente resolver os problemas da pessoa. Se assim o fizer, há chances de que você aumente a intensidade dos sentimentos de aprisionamento vividos por ela.


Como fazer perguntas e prosseguir com a conversa?
Faça perguntas abertas. Evite perguntas cuja resposta se resuma a “sim” ou “não”. É importante que suas perguntas funcionem como um mecanismo que incentive, de forma respeitosa e não invasiva, a pessoa a falar sobre o que está vivendo e sentindo. Alguns exemplos são: “Quando você percebeu que isso estava acontecendo?”, “O que mais aconteceu?”, “Em que lugar isso aconteceu?”, “Como você se sentiu?”, “Que coisas se passaram na sua cabeça naquele momento?”. [3]

Não pergunte “Por que”. Perguntar sobre o porquê soa muito crítico (a pessoa pode se sentir julgada por você), e pode produzir dois efeitos: a pessoa não se sentirá compreendida e tenderá a reagir de modo defensivo, além de fazer com que a conversa se interrompa, já que a pessoa não se sentirá mais confortável em falar o que se passa.

O que deve ser evitado:
Reações de surpresa, choque ou susto. Algumas expressões verbais que exemplificam tal reação incluem: “Meu Deus!”, “Não acredito que você está me dizendo isso!”, “Vira essa boca pra lá!”.
Reações que rechacem a pessoa, seus sentimentos e comportamentos: “Pare de falar besteira!”, “Para quê você fica falando essas coisas?”.
Expressões de incompreensão através de verbalizações supostamente positivas: “Não entendo isso. Você sempre teve tudo na vida”; “Olhe para as coisas boas da vida”, “Você precisa pensar positivo”. Vale ressaltar aqui que “pensamento positivo” não se caracteriza em si como fator protetor contra ideações suicidas. De fato, há evidências de que determinados “pensamentos positivos” podem contribuir para a recorrência de comportamentos suicidas [4].
Outras expressões a serem evitadas são: “Não chore!”, “Isso não faz sentido nenhum”, “Eu entendo perfeitamente como você está se sentindo”, “Será que podemos conversar de modo mais rápido?”, “Seja forte!”, “Levante a cabeça!”.
Intervenções de cunho religioso: “Você precisa é de Deus!”, “Isso é coisa do inimigo na sua vida”, “Deus sabe de todas as coisas e ele vai te ajudar”, “Isso é falta de fé. Você precisa ter mais fé em Deus”.
Evite fazer qualquer tipo de interpretação do que está se passando na vida da pessoa. Como alguém que dá suporte, não é sua função fornecer interpretações nem formular explicações sobre as circunstâncias de vida da pessoa. Se você quer ajudar, por melhores que sejam suas intenções, apenas ouça e incentive a pessoa a falar.

 Como ouvir ativamente?
Há cinco passos para se ouvir ativamente [3]:

Faça questões abertas (como visto anteriormente)
Resumir. Resumir um determinado trecho da conversa demonstra que a pessoa tem sua plena atenção e que você está entendendo o que está sendo dito. Exemplo: “Entendo. Você está sendo tratado terrivelmente pela sua esposa, mas você ainda a ama”.
Refletir. Repetir uma palavra ou uma frase pode encorajar a pessoa a continuar a se abrir. Por exemplo, se a pessoa disser “As coisas estão muito difíceis recentemente”, você pode manter a continuação da conversa refletindo sobre esta frase e dizendo “Eu sinto que você tem vivido momentos muito difíceis”.
Clarificar. Se a pessoa com quem você está conversando passar por cima de algum ponto importante, você pode dizer algo como “perdão, você poderia me falar mais sobre…” ou “esse parece um tópico difícil para você”. Isso pode ajudar a esclarecer alguns pontos não só para você, mas também para a própria pessoa.
Reagir. Não ouça como um robô. Demonstre empatia, respeito, e demonstre que você está ouvindo atentamente o que está sendo dito.


Como abordar a questão do suicídio?
Se você suspeita que a pessoa está vivenciando ideações suicidas, simplesmente pergunte: “você está vivenciando sentimentos suicidas?”.
Se a resposta for sim, continue a conversa pedindo por mais informações sobre esses sentimentos. Exemplo:
“Quando você vivenciou sentimentos suicidas pela primeira vez?”,
“O que você acha que está fazendo você se sentir assim?”,
“Você já conversou com alguém sobre esses sentimentos?”
“Você sabe onde e como buscar por ajuda?”
Depois dessas questões, é importante ajudar a pessoa a buscar por ajuda e mantê-la segura. Encoraje a pessoa a marcar uma consulta com um psiquiatra ou um psicólogo. Se ofereça para ir com ela.
Se a pessoa possui um plano suicida imediato (planejou como acabar com a própria vida) e afirma que está certa de que irá fazê-lo, não deixe a pessoa sozinha. Busque por ajuda imediatamente ligando para um médico, levando a pessoa a um serviço de saúde mental ou pedindo orientações ao Centro de Valorização da Vida, no telefone 141. Esteja certo de que a pessoa está em um ambiente seguro e sob suporte profissional.
Conte para alguém que você confia. Lidar com suicídio é uma experiência extremamente difícil e você não deve fazer isto sozinho. Encontre alguém da sua confiança para que você possa falar dos seus próprios sentimentos.
Ajudar alguém sob situação estressora pode ser estressor em si mesmo. Se você está ajudando alguém que se sente suicida, lembre-se de que você também deve cuidar de si mesmo. Se você precisa conversar sobre como você está se sentindo, ligue para o Centro de Valorização da Vida (141) ou converse com um profissional de saúde mental [5].



*Se você está vivendo um momento muito difícil e se identificou com alguma parte deste texto, converse agora com um profissional do CVV (Centro de Valorização da Vida) através do telefone 141 ou via internet (chat, Skype ou email) através do site: http://www.cvv.org.br/site/index.php. Os profissionais desta ONG (uma das mais antigas e reconhecidas instituições no país) estão disponíveis 24 horas para ajudar e acolher".



Referências:
[1] Joo, J., Hwang, S., & Gallo, J. J. (2016). Death ideation and suicidal ideation in a community sample who do not meet criteria for major depression. Crisis, 37(2), 161–165.

[2] O’Connor, R. C., & Nock, M. K. (2014). The psychology of suicidal behaviour. The Lancet Psychiatry, 1(1), 73–85.

[3] NHS Scotland (2015). The art of conversation. Choose Life.

[4] O’Connor, R.C., Smyth, R., & Williams, J.M.G. (2015). Intrapersonal positive future thinking predicts repeat suicide attempts in hospital treated suicide attempters.  Journal of Consulting and Clinical Psychology, 83, 169-176.

[5] Samaritans. (2016). What should I do if I know someone who is feeling suicidal?.




domingo, 16 de agosto de 2020

Crescem publicações sobre suicídio no Brasil durante a pandemia; veja como buscar ajuda

Posts relacionados a suicídio foram provocados pelo isolamento social, segundo pesquisa


Por Marcella Franco

"Desde que se mudou para o mesmo terreno em que mora toda a família do marido, no interior do Paraná, Helena* (o nome foi trocado a pedido da entrevistada), de 23 anos, não conseguiu mais ser feliz. Longe de seus pais e dos irmãos, diz que detesta o lugar e que se sente sozinha.
O marido nunca foi 'do tipo que para em casa', diz ela. 'Recentemente descobri umas coisas dele que ainda fizeram tudo piorar'. Na pandemia, é ela quem cuida sozinha dos dois filhos de quatro anos e da bebê de nove meses.
Para se distrair, Helena participa de um grupo no Facebook. O objetivo lá é encontrar e divulgar perfis de pessoas que já morreram. Na semana passada, diante do nome e da foto de uma mulher um pouco mais velha que ela e que cometera suicídio, Helena comentou: 'Queria ter essa coragem'.
'Tem horas que vem uma angústia. Dá vontade de sumir, de morrer, de se matar. Fazer alguma coisa para tirar isso de dentro. Meu marido tem espingarda, mas penso nos meus filhos. O menino é muito apegado a mim', diz.

Publicações como a de Helena engrossam um levantamento feito pelo ComunicaQueMuda (CQM), plataforma digital da agência nova/sb que tem como foco propor debates sobre temas considerados polêmicos. Este é o terceiro ano que o suicídio suscita pesquisa do CQM.
Por meio de menções no Twitter, no Instagram, no YouTube, no RSS e no Facebook, foi possível comparar que, enquanto em 2017 a principal conexão do tema era com o jogo 'Baleia Azul', e, em 2018, com a série '13 Reasons Why', em maio passado os posts relacionados a suicídio foram provocados pelo isolamento social atual.

'O tema, assim como a tristeza, começou a aumentar nas postagens dos internautas. Em 2017, o assunto ainda era tabu, mesmo com quase 800 mil vítimas por ano, um suicídio a cada 40 segundos no mundo, e outras 20 tentativas para cada caso', diz Bia Pereira, diretora da agência e coordenadora do CQM.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2014, 10.631 pessoas cometeram suicídio no Brasil. A maioria é masculina: a cada dez suicídios, oito são de homens e dois, de mulheres. Para a OMS, 90% dos casos aqui e no mundo todo poderiam ter sido evitados.

Para obter os novos resultados, o CQM monitorou as redes brasileiras ao longo de 29 dias em maio de 2020 e contabilizou 103.923 menções ao tema. Dentro deste número, registrou aumento no número de depoimentos e relatos. De 6,3% em 2017, passaram para 23,5% em 2020.      
'Isso mostra que as pessoas estão mais confortáveis em falar sobre como se sentem', diz a coordenadora. O número de notícias a respeito do suicídio, por sua vez, subiu de 7,5% para 42%, enquanto a frequência de piadas sobre o assunto diminuiu. Antes contabilizavam 34% das postagens, e agora são apenas 3%.

A pesquisa avaliou também as publicações que disseminam conteúdo positivo, como reflexões acerca da seriedade da depressão ou que incentivam a busca por ajuda. Enquanto em 2017 elas representavam 28,8% do total, em 2020 passaram para 63,5%.
'Esses comentários abrem uma porta para que essas pessoas compreendam que podem falar sobre como se sentem, que tem alguém para ouvi-las. Também são fundamentais para equilibrar o debate do tema nas redes, que é infestado por haters e desinformação', completa Pereira.

'Não tenho ninguém para conversar. Minha família mora muito longe, e não converso com os parentes do meu marido. Só tenho meus filhos mesmo, e não gosto de falar muito sobre mim porque as pessoas não entendem, conta Helena, que diz nunca ter cogitado fazer terapia.

'Suicídio tem a ver com um sofrimento insuportável que a pessoa acha que não vai acabar nunca. É preciso mostrar que é possível transformar essa esperança na morte em esperança de que a pessoa pode ser tratada, pode buscar outros caminhos, entender as coisas e reagir a elas', explica Karen Scavacini, psicóloga cofundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio.

Qualquer pessoa pode pensar em suicídio em algum momento da vida, de acordo com a psicóloga, mas, para a maioria, é um pensamento que, assim como chega, vai embora. 'Mas, quando a pessoa começa a pensar muito em morrer, não consegue afastar esses pensamentos e vê o suicídio como uma saída viável, aí é o momento de pedir ajuda'.

Scavacini afirma que, ao se deparar com uma publicação como a de Helena, é preciso agir. No caso de desconhecidos, a melhor recomendação é utilizar as ferramentas de denúncia da plataforma onde o comentário foi postado. 'Vão analisar e mandar mensagem sem que a pessoa saiba quem fez a denúncia', diz.

Se a publicação for de um amigo, ofereça ajuda falando de forma privada, sem que ele seja exposto.
'Estamos em uma época de muitas perdas, é algo que mexe com todos. Quanto mais estresse uma comunidade passa, mais afetada será sua saúde mental. E, quanto pior a saúde mental, maiores são as chances de o suicídio acontecer'.

E, caso quem precise de ajuda seja você mesmo, Scavacini sugere a conversa com pessoas próximas e uma pesquisa por locais com atendimento gratuito online durante a quarentena.
'Tente também respirar fundo e fazer planos para, se possível, colocá-los em prática quando a pandemia acabar. Mas, mais do que tudo, seja atendido e avaliado por um profissional da área da saúde mental'.

Sinais de alerta
- Falar sobre querer morrer, não ter propósito, ser um peso para os outros ou estar se sentindo preso ou sob dor insuportável
- Procurar formas de se matar
- Usar mais álcool ou drogas
- Agir de modo ansioso, agitado ou irresponsável
- Dormir muito ou pouco
- Se sentir isolado
- Demonstrar raiva ou falar sobre vingança
- Ter alterações de humor extremas

O que fazer
- Não deixe a pessoa sozinha
- Tire de perto armas de fogo, álcool, drogas ou objetos cortantes
- Leve a pessoa para uma assistência especializada
- Ligue para canais de ajuda

188 é o telefone do Centro de Valorização da Vida (CVV). Também é possível receber apoio emocional via internet (www.cvv.org.br), email, chat e Skype 24 horas por dia.