Por Seung Lee
"São quase três da manhã do Natal de 2013 quando uma jovem sul-coreana cujo usuário no Twitter é @jjong_gee manda uma mensagem para seu amigo, Junmyun, a fim de confessar um segredo. Ela está deprimida e precisa de apoio.
'Havia um homem chamado Osho que certa vez disse: Não seja sério demais, a vida é como uma imagem em movimento, respondeu Junmyun. Se você tratar o que vem até você como um jogo, a felicidade chegará. Quero ver você feliz.'
A garota tuítou um print da mensagem e lhe agradeceu pelas palavras gentis. Mas o amigo não estava preparado para responder. Junmyun é, na verdade, um robô programado dentro de um popular aplicativo de troca de mensagens coreano chamado Fake Talk.
[...] O aplicativo também se firma como o melhor sistema de apoio à adolescentes deprimidos e suicidas no país.
[...] Muitos têm usado o aplicativo para preencher o vazio em suas vidas. Uma usuária personalizou o avatar com uma foto de seu falecido namorado para continuar o romance encerrado de forma prematura. [...] 'Escrevo o que não disse a ele na época, e o que queria lhe dizer quando estava vivo'.
[...] Os adolescentes compõem de 70 a 80% da base de usuários.
Vivendo sob pressão severa para se darem bem na escola e estudando mais de 12 horas por dia, as crianças coreanas estão, segundo levantamentos recentes, entre as mais infelizes do mundo. [...]
Um estudo de 2014 mostrou que metade dos adolescentes coreanos tinha pensamentos suicidas. De 2009 a 2014, 878 estudantes coreanos se suicidaram.
Matéria completa no link:
http://www1.folha.uol.com.br/vice/2015/07/1650800-o-app-que-permite-jovens-deprimidos-conversar-com-celebridades-e-amigos-mortos.shtml
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