domingo, 28 de agosto de 2016

Os 13 porquês _______________________ Jay Asher

"Os 13 porquês" é um livro que foi lançado em 2007 e aborda o suicídio de uma forma: através de fitas gravadas, Hannah deixa seu relato com os treze motivos que a fizeram acabar com a própria vida. Quem recebeu as fitas é um deles.

Da contracapa:

"Você não pode interromper o futuro, nem modificar o passado. O único jeito de descobrir este segredo é apertando o play.

Para Clay Jensen, as fitas cassetes gravadas por Hannah Baker não têm nada a ver com ele.
Hannah está morta. E seus segredos devem ser enterrados com ela.
Só que a voz de Hannah diz a Clay que o nome dele está em uma das histórias dessas fitas - e que ele, de alguma maneira, é responsável por sua morte.
Tomado por espanto, angústia e muito medo, Clay permanece escutando as gravações madrugada afora. Ele segue as palavras de Hannah pelas silenciosas ruas de sua cidade ...
... e o que ele descobre, muda sua vida para sempre".

Além da história bem construída, vista pelos olhos de Clay, acho que o livro traz alguns alertas importantes em uma linguagem acessível para o público jovem. Ao final da história, encontramos uma "entrevista" com 13 perguntas para o autor. Algumas delas:


"Você sente que estava tentando transmitir uma mensagem através deste livro?
- Basicamente, apesar de Hannah admitir que a decisão de tirar a própria vida foi inteiramente sua, é importante estarmos conscientes do modo como tratamos os outros. Mesmo que alguém pareça ignorar um comentário casual ou não se deixar afetar por um boato, é impossível saber tudo o que se passa na vida daquela pessoa e o quanto podemos ampliar sua dor. As pessoas têm impacto na vida dos outros; isso é inegável. [...]" (p. 249)

O livro traz ainda algumas orientações, do tipo "O que alguém deve fazer se estiver preocupado com um amigo que pode estar pensando em suicídio?" ("Ele precisa saber que pode conversar com você e que você não dará pouca importância aos seus sentimentos. Mais para a frente será necessário auxiliá-lo a procurar ajuda com psicólogos, psiquiatras, grupos de apoio. Não deixe que a pessoa ignore a questão como algo do qual só cuidará se a situação piorar.") e "O que alguém deve fazer caso se identifique com a personagem da Hannah?" (Deve conversar com alguém sobre seus sentimentos, sem dúvida. Infelizmente, por causa do estigma a que me referi antes, muitas pessoas têm vergonha de admitir que estão pensando em suicídio, ou até mesmo que estão se sentindo deprimidas. [...]Uma das coisas mais incríveis que testemunhei, por causa deste livro, foi receber mensagens de adolescentes que reconheceram alguns dos sentimentos da Hannah em si mesmos. Também reconheceram os erros que ela cometeu em não buscar ajuda concretamente [...]. Por isso, essas pessoas assumiram a responsabilidade de tomar iniciativa e obter a ajuda que Hannah nunca recebeu. Tal reação foi algo extremamente inspirador para mim" (p. 250).  

"Algumas pessoas, principalmente adultos, prefeririam que não houvesse livros tratando de temas polêmicos, mesmo que tais livros ajudem a estabelecer debates e conversas. Felizmente, recebi mensagens de muitos pais, professores e bibliotecários que estão usando este livro exatamente por esta razão: poder discutir livremente o assunto" (p. 251).    

Pessoalmente, eu acredito que este tipo de leitura possa fazer uma aproximação dos jovens com o tema e, de alguma forma, ajudar a procurar (e oferecer) apoio.



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