Pesquisa do GGB (Grupo Gay da Bahia).
"420 LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) morreram no
Brasil em 2018 vítimas da homolesbotransfobia: 320 homicídios (76%) e
100 suicídios (24%)" (p. 01).
"A cada 20 horas um LGBT é barbaramente assassinado ou se suicida
vítima da LGBTfobia, o que confirma o Brasil como campeão mundial de
crimes contra as minorias sexuais" (p. 01).
"Suicídios de LGBT: 60% gays, 66% brancos, 84% com
até de 30 anos, 15% enforcamento" (p. 02).
"O suicídio é a 4ª principal causa de morte entre jovens de 15 a 29
anos no Brasil, segundo recente pesquisa do Ministério da Saúde e de
acordo com a revista científica Pediatrics, gays, lésbicas e bissexuais,
devido à homofobia, têm 6 vezes mais chance de tirar a própria vida, em
relação a heterossexuais, com risco 20% maior de suicídio quando
convivendo em ambientes hostis à sua orientação sexual ou identidade de
gênero.
Portanto, suicídios de pessoas LGBT, sobretudo jovens, sempre
devem ser qualificados como potencializados pelo preconceito e
discriminação por sexo e gênero, devendo constar nos relatórios de mortes
desse segmento juntamente com os homicídios. Foi a partir do Relatório das
Mortes de LGBT+ do Brasil de 2016 que passamos a contabilizar os
suicídios e tais números vêem crescendo assustadoramente: de 26 suicídios
registrados em 2016, aumentou para 58 casos em 2017 e nesse último ano
subiu para 100 (23,8%) dos casos documentadas, significando um aumento
de 42% em relação a 2017 de mortes voluntárias, acompanhando o mesmo
crescimento nacional, registrando o Brasil 11 mil mortes em 2018, 31 casos
por dia" (p. 10).
"Os gays, em termos absolutos, são o segmento LGBT que mais se
suicida, com 60% de óbitos, seguidos por 31% lésbicas, 6% de trans e 3%
de bissexuais. As lésbicas são, em termos relativos, as principais vítimas
da morte voluntária, pois representando 12% das vítimas de homicídios,
sobem para 31% nos casos de suicídio. Inversamente, apenas 6% das
trans se suicidaram, para 39% que foram vítimas de homicídio" (p. 11).
"Os dados sobre a idade dos suicidas LGBT são bastante
incompletos, (37% da amostra total), permitindo-nos, contudo, antever
idêntica regularidade constatada em pesquisas nacionais quanto a
prevalência de suicidas jovens com menos de 30 anos, em ambos casos
atingindo 80% em relação á população total. Na nossa amostra de suicidas
LGBT, encontramos 10 casos com menos de 18 anos, o mais jovem com 12, Carlos Lugo, do Rio de Janeiro, pardo, enforcou-se por não agüentar as
brigas familiares após assumir-se gay; também enforcou-se o jovem Erick
Silva, 13 anos, de Belém do Pará, inconformado pelo constante bulying
sofrido na escola por ser efeminado" (p. 11-12).
Relatório completo em:https://homofobiamata.files.wordpress.com/2019/01/relatorio-2018-1.pdf
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