domingo, 31 de março de 2019

Animação: Você está perdido no mundo, assim como eu?



"Uma animação que aborda e propõem uma reflexão acerca da comunicação e troca humana nos tempos de modernidade liquida. A comunicação massificada, o uso e abuso das tecnologias moveis e apego e aprisionamento às mídias sociais e matérias produzidas pela Internet de forma geral. O olhar de uma criança que não consegue se conectar, comunicar, vincular, trocar com os outros  pois estes estão presos à aparelhos celulares e mídias - enxergam o mundo a partir do filtro virtual.

E que tipo de comunicação e troca a virtualidade promove? Quais ganhos e quais perdas? Estamos presos, perdidos, alienados de nós mesmos?"

domingo, 24 de março de 2019

Autópsia psicológica: compreendendo casos de suicídio e o impacto da perda

Dissertação de Mestrado de Tatiane Gouveia de Miranda (2014).

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo realizar entrevistas de autópsia psicológica com os sobreviventes de suicídio a fim de avaliar retrospectivamente fatores clínicos, precipitadores, estressores e motivações que pudessem ter contribuído para que o suicídio se consumasse, além de considerar os impactos do suicídio e da entrevista sobre os entrevistados. Averiguou-se que poucos são os instrumentos disponíveis para realizar autópsias psicológicas, o que também, influência na disponibilidade de conhecimento sobre o perfil do suicida. Para conclusão dessa pesquisa, foi desenvolvida uma entrevista semiestruturada para facilitar a comunicação com os sobreviventes de suicídio, inspirada em estratégias e procedimentos desse tipo de avaliação psicológica, bem como de fatores de risco já obtidos na literatura. Foram realizadas quatro entrevistas com familiares, sendo dois voluntários de cada vítima. Os casos formam analisados pelo método clínico-qualitativo, verificando-se singularidades e divergências em cada caso. Pôde-se avaliar o impacto do suicídio nos sobreviventes, por exemplo, a presença de sentimento de culpa, de ressentimento, da necessidade de entenderem o porquê do suicídio, e de complicação e prolongamento na vivência do luto por anos.



domingo, 10 de março de 2019

Mapa do Luto

No livro "Depois do suicídio", de Sheila Clark (2007), encontramos um 'Mapa do luto" com as emoções mais comuns que são percebidas no luto por suicídio.

"Normalmente, ficamos confusos e sobrecarregados não só porque são muitas as emoções, mas também porque essas emoções são difíceis de lidar. É útil imaginar que cada emoção e questão é uma montanha que precisa ser escalada.

Algumas montanhas podem exigir um esforço supremo ... Às vezes, você sente que está escorregando e, outras vezes, pode conseguir chegar ao cume de um problema e descobrir que há outro ainda mais alto à sua frente.

Pode ser difícil ver a direção em que está seguindo ou a distância que já percorreu. Você pode achar que não está progredindo, porque está lidando com uma emoção particularmente difícil. [...] quando estiver lidando com suas emoções, será importante encontrar o caminho mais adequado para você" (p. 55).




domingo, 3 de março de 2019

Livro: Vidaa

O manejo do comportamento suicida na TCC (terapia cognitivo comportamental) propõe técnicas baseadas em evidências. Entre elas, destaca-se o plano de segurança (uma pequena lista de comportamentos de proteção) e este livro recém lançado pela editora Sinopsys é uma proposta desta ferramenta.
« Muitas vezes quando tudo parece dar errado, o suicídio surge como uma possível solução, e as pessoas não recebem o que elas mais precisam: acolhimento, seja pela falta de entendimento sobre o assunto, pelo suicídio ainda ser um tema tabu ou por vergonha de expor o que sente ».
« Agora é importante que você tenha compaixão consigo, que se respeite e não alimente pensamentos que prejudicam e agravam o momento em que está passando, que já é carregado de sofrimento ».
Os cinco passos são apresentados no acrônimo VIDAA:
- V: VEJA quando precisa de ajuda
- I: Imagine motivos para viver e para não morrer
- D: Distraia-se sozinho ou com outras pessoas
- A: Ampare-se e busque amparo
- A: Abrace-se, você venceu.

Em uma linguagem acessível, o material é voltado para pessoas com ideação suicida, com espaços em branco para reflexões a partir das perguntas propostas.
« Quando falamos dos motivos que nos mantêm vivos, estamos falando daquilo que ainda temos para viver [...] ‘O que eu ainda tenho para viver?’. Já os motivos para não morrer são aqueles que fazem com que a gente não queira tirar a nossa vida [...]’O que aconteceria com as pessoas que amam você?’, ‘O que você perderia?’ (p.18).
« Pense em uma pessoa que você goste. O que diria para ela se estivesse na mesma situação que você? »
Pode ser um complemento do processo terapêutico, mas vai depender muito da gravidade do comportamento suicida.
É um livrinho de pouco mais de 60 páginas e pode ser o primeiro passo para que alguém que esteja pensando em desistir da vida se fortaleça e procure ajuda.