domingo, 17 de janeiro de 2016


"A impulsividade, a melancolia obsessiva, os baixos níveis de serotonina e a falta de dotes sociais são algumas das vulnerabilidades que aumentam o risco de suicídio. O presidente da Academia Internacional de Pesquisa do Suicídio, o professor Rory O'Connor, há 20 anos estuda os processos psicológicos que se escondem por trás da morte autoinfligida. “Você viu as notícias?”, pergunta. Os jornais da manhã mostram os dados mais recentes: em 2013, foram registrados 6.233 suicídios no Reino Unido. Enquanto a taxa de suicídio feminino permanece mais ou menos estável desde 2007, a dos homens está no seu nível mais alto desde 2001. Quase oito em cada dez suicídios são do sexo masculino, um número que há mais de três décadas está em ascensão. Em 2013, a causa mais provável da morte de um homem entre 20 e 49 anos não era um assalto, um acidente, as drogas ou um ataque cardíaco, mas a decisão de não continuar a viver.

Aqueles que se dedicam ao estudo do suicídio, ou que trabalham em instituições de caridade voltadas para saúde mental, estão determinados a convencer as pessoas que raramente, ou quase nunca, existe um único fator que explique a morte autoinduzida, e que as doenças psiquiátricas, e mais comumente a depressão, geralmente precedem esse evento. “Mas o mais alarmante é que a maioria dos deprimidos não comete suicídio”, diz O'Connor. “Menos de 5% o fazem. Assim, as doenças psiquiátricas não explicam. Para mim, a decisão de cometer suicídio é um fenômeno psicológico. Aqui no laboratório, a nossa intenção é compreender a psicologia da mente suicida.”

Matéria completa em: 

http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/12/ciencia/1452596072_476100.html


Nenhum comentário:

Postar um comentário