domingo, 28 de junho de 2015

Morte e desenvolvimento humano______________________KOVÁCS

“Fenômeno ‘Cry for Help’: o sujeito atenta contra a própria vida como forma de chamar a atenção das pessoas à sua volta, para as suas necessidades, buscando maior amor e valorização pessoal. É uma forma de comunicação. Há uma ambivalência entre desejo de viver e morrer” (p. 172-173).

“Muitas pessoas morrem porque consideram que a vida não merece ser vivida. Outros paradoxalmente se matam pelas ideias ou ilusões que lhes dão prazer de viver. Para Camus, o suicídio é um gesto preparado como uma grande obra, no silêncio do coração, é uma confissão a si mesmo de que a vida não vale a pena, é uma tragédia” (p. 179).

“[...] matar-se em vez de ser executado é conservar no íntimo a ilusão da onipotência, e pelo ato do suicídio tornar-se senhor da vida e da morte” (p. 182).

“Cassorla (1991): ‘os profissionais de saúde tratam estes pacientes com desprezo, agressão, chegando a maltratá-los. Esta agressão pode ser a reação de um médico assustado. O aspecto manipulativo do ato é o que mais irrita a equipe de saúde. Eles estão lá para salvar a vida e minorar o sofrimento, mas os desejos podem ser conflitantes, um quer salvar e o outro quer morrer. Isto exacerba a sensação de impotência, culpa e remorso da equipe” (p. 193)   

KOVÁCS, Maria Júlia. Morte e desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008.


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