domingo, 20 de outubro de 2019

Perfil epidemiológico dos casos notificados de violência autoprovocada e óbitos por suicídio

Perfil epidemiológico dos casos notificados de violência autoprovocada 
e óbitos por suicídio entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil, 2011 a 2018

Apresentação: Este boletim apresenta uma descrição do perfil epidemiológico dos casos de violência autoprovocada e óbitos por suicídio envolvendo jovens de 15 a 29 anos de idade no Brasil, no período de 2011 a 2018. Os dados de violência autoprovocada foram obtidos por meio da ficha de notificação individual de Violência Interpessoal/Autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Para os óbitos por suicídio, foram utilizados os dados registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

No período de 2011 a 2018 foram notificados 339.730 casos de violência autoprovocada, dos quais, 154.279 (45,4%) ocorreram na faixa etária de 15 a 29 anos, sendo 103.881 (67,3%) nas mulheres e 50.388 (32,7%) nos homens. Dez registros tiveram o sexo da pessoa ignorado. 

No período de 2011 a 2017, foram registrados 80.352 óbitos por suicídio na população a partir de 10 anos, dos quais 21.790 (27,3%) ocorreram na faixa etária de 15 a 29 anos, sendo 17.221 (79,0%) no sexo masculino e 4.567 (21,0%) no feminino. Entre 2011 e 2017 verificou-se um aumento no número de óbitos por suicídio entre os jovens de 15 a 29 anos, sendo 8,7% entre os homens e 7,3% entre as mulheres. 

Em relação ao local de ocorrência do óbito, o domicílio foi o local mais frequente (57,3%), com percentual discretamente maior no sexo masculino (58,4%) em relação ao feminino (53,3%). O segundo local mais frequente foi o hospital (17,6%), onde o sexo feminino (29,0%) apresentou percentual duas vezes maior que o masculino (14,6%). 
O enforcamento foi o meio mais frequentemente utilizado para o suicídio, com maior percentual no sexo masculino (70,3%) do que no feminino (53,8%), seguido da intoxicação exógena que foi duas vezes mais frequente no sexo feminino (28,0%) do que no masculino (11,9%). A arma de fogo foi mais utilizada pelos homens (8,7%) do que pelas mulheres (4,6%)






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